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Ainda tem dúvidas?

Reunimos as principais dúvidas sobre o assunto e buscamos as respostas para elas. As informações foram retiradas do site da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e da United Networks for Organ Sharing (Unos).

Como poderei ser doador de órgãos após a morte?

Para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar à sua família o desejo da doação. É a família a responsável por autorizar, por escrito, a retirada dos órgãos para a doação.

 

Quem vai falar com a minha família?

A conversa com os familiares pode ser realizada pelo próprio médico do paciente, pelo médico da UTI ou pelos membros da equipe de captação, que prestam todas as informações que a família necessitar. Este assunto deve ser abordado em uma sala de ambiente calmo, com todas as pessoas sentadas e acomodadas.

E quem vai autorizar a doação dos órgãos?

Sempre a família. Se o paciente for solteiro e maior de 18 anos, os pais que irão autorizar a doação. Neste caso, vai existir um autorizante legal que vai assinar o documento e outras duas testemunhas da família.  Se for casado é a mesma situação, sendo o autorizante legal o cônjuge.

 

Para menores de idade a condição é diferente. A autorização deve ser feita pelo pai e pela mãe da criança e mais duas testemunhas. Se um dos pais não estiver presente por qualquer motivo, é encaminhado o pedido de autorização judicial. Em casos de pessoas indigentes, não é possível seguir com o processo de doação.

 

Quem é considerado doador em potencial?

Considera-se como Potencial Doador todo paciente em morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica, para a doação de órgãos, é dado à pessoa que tiver identificação e registro hospitalar, e todos os exames neurológicos que demonstram ausência dos reflexos do tronco cerebral.

 

Mas o que é Morte Encefálica afinal? Ainda não entendi.

O diagnóstico de morte encefálica é definido como “morte baseada na ausência de todas as funções neurológicas”. Morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.

 

Quais são as principais causas de Morte Encefálica?

São três as principais causas: Traumatismo Crânio Encefálico; Acidente Vascular Encefálico (hemorrágico ou isquêmico); Encefalopatia Anóxica e Tumor Cerebral Primário.

 

Como acontece o processo de doação logo depois do diagnóstico de Morte Encefálica?

Após o diagnóstico, deve acontecer a notificação às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs). Para isso, o médico deve telefonar para a Central do seu Estado informando nome, idade, causa da morte e hospital onde o paciente se encontra internado. Mas o processo de doação inicia apenas depois que a família aceitar a doação; em seguida, o hospital –se for captador – se prepara para a captação dos órgãos.

 

É possível que o paciente esteja somente em coma?
Não. O paciente em coma está medica e legalmente vivo e pode respirar quando o ventilador é removido e/ou ter atividade cerebral e fluxo sanguíneo no cérebro.

 

Há mais alguma coisa que possa ser feita?
Antes da morte encefálica ser declarada, todo o possível é feito para salvar a vida do paciente. Após o diagnóstico, não há qualquer chance de recuperação.

 

Se o paciente está realmente morto, por que o coração ainda bate?
Enquanto o coração tem oxigênio, ele pode continuar a bater. O ventilador providencia oxigênio para manter o coração batendo por várias horas. Sem este socorro artificial, o coração deixaria de bater.

 

É verdade que se os médicos do setor de emergência souberem que sou um doador, não vão se esforçar para me salvar?
Se você está doente ou ferido e foi ao hospital, a prioridade número um é salvar a sua vida. A doação de órgãos somente será considerada após sua morte e após o consentimento de sua família.

 

Sou muito velho para ser um doador?
Pessoas de todas as idades e históricos médicos podem ser consideradas potenciais doadoras. Sua condição médica no momento da morte determinará quais órgãos e tecidos poderão ser doados.

 

A doação dos órgãos desfigura o corpo e altera a aparência na urna funerária?
Os órgãos doados são removidos cirurgicamente, numa operação de rotina, similar a uma cirurgia de vesícula biliar ou remoção de apêndice. Sua aparência ficará intacta e poderá até ter a urna funeral aberta.

 

Minha religião proíbe a doação de órgãos?
A maioria das organizações religiosas aprovam a doação de órgãos e tecidos e a consideram um ato de caridade.

Para entender melhor:

O cérebro é o responsável pelo funcionamento dos nossos órgãos, é ele que manda as informações de que o coração precisa bombear sangue para todo o corpo. Se o cérebro para, o coração também para de bombear sangue e, por consequência, todos os órgãos param de funcionar e receber sangue.

 

É importante lembrar:
  • Depois do diagnóstico de Morte Encefálica, a pessoa já está legalmente morta e a não será a remoção do ventilador que irá causar a morte.

  • Morte encefálica é permanente e irreversível.

 

Ilustração Morte Encefálica

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