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Procedimentos: da captação à entrega

Assim que a família do paciente autoriza a doação, o hospital captador avisa a central de transplantes do Estado. A gerência é a responsável por analisar o ranking de pessoas na fila de transplante, para ver qual o paciente com maior prioridade e que se encaixe com o peso, a altura e a compatibilidade sanguínea do doador. Se não encontrado nenhum receptor, a oferta é feita no cenário nacional.

 

Todo cuidado é pouco na hora da captação dos órgãos, pois deve ser entregue de forma impecável ao receptor. “É como se fosse uma cirurgia normal, temos que tomar todos os cuidados necessários”, explica o médico responsável pela UTI do Hospital e Maternidade São José de Jaraguá do Sul, Manoel Eduardo Tassinari Guimarães,

 

Cada órgão tem um tempo que pode ficar fora do corpo sem ser danificado, chamado de tempo de isquemia. É importante que esse tempo seja cumprido, pois quanto maior o tempo que ele fica fora do corpo, maior o risco de se ter uma complicação pós-operatória.

Para armazenar o órgão para transporte, ele vai dentro de um pote estéril com soro e gelo. Também é utilizado gelo estéril, que é soro fisiológico congelado. São utilizados sacos plásticos estéreis e muito bem lacrados. Tudo dentro de uma caixa lacrada, com gelo comum por fora.

 

O transporte acontece de várias formas, sendo terrestre ou aéreo dependendo da distância que está o receptor. Jaraguá é uma cidade que tem o tempo muito instável, e a chuva pode atrapalhar a chegada ou a partida do helicóptero.

 

De acordo com a enfermeira da UTI Raisa Carolina Campos Oliveira Lindner, não se sabe para onde vai o órgão captado. “Conhecemos somente a nossa ponta do processo de doação. A única coisa que ficamos sabendo é a cidade que o órgão está indo, pois é tudo muito sério e sigiloso”, explica.

 

“Quando alguém está na ponta da lista de espera, não significa que ela será a próxima a receber um órgão – já que precisa receber um órgão compatível –, mas que ela está em estado grave e de urgência.” – Enfermeira Raisa Oliveira Lindner


Quanto mais jovem for o paciente doador, melhor vai ser a qualidade do órgão. “Existem pacientes mais velhos, passados da terceira idade, que doam e, muitas vezes, esse órgão vai servir para aumentar o tempo de vida dessa pessoa enquanto aguarda um órgão ideal. São esses casos de prioridade zero, que precisam com urgência de um transplante, por correrem o risco de morte”, explica.

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